Tenho ficado bastante orgulhosa do meu menininho. Assim que o irmão mais novo dele nasceu a reação que teve foi de puro estranhamento. O Miguel tinha um receio enorme de chegar perto no bebê e pior ainda encostar nele!
Conforme as semanas foram passando, a postura do Miguel em relação ao Nicholas foi mudando. Depois de superar o medo do desconhecido, tudo o que o Miguel fazia era tentar me agradar. Toda vez que via o bebê dizia "que bonitinho", sempre olhando para mim. Como percebia que ele estava só copiando o que via todos dizerem, eu completava "e você é bonitão" ou "bonitinho é você!". Quando dava beijinho no irmão, me chamava antes, e beijava olhando nos meus olhos.
Ele continua fazendo essas coisas, mas com menos frequencia. O foco do Miguel agora é me ajudar. Ele até ganhou o título de "ajudante especial", que ele carrega com muito orgulho. Eu estava com receio de chamá-lo de ajudante, afinal não é responsabilidade dele me ajudar com os cuidados com o irmão. O que quero é que ele goste de ajudar de vez em quando. Mas o que aconteceu foi que ele adorou ser o ajudante e sempre grifa quando ajudou "Você viu, mãe? Eu te ajudei a pegar a fralda!", "Você viu, mãe? Quando eu derrubo suco no chão eu limpo!".
Chegou num ponto que ele sequer deixa meu marido ajudar! Por exemplo, uma vez disse "preciso do paninho de boca rápido!!!", meu marido foi buscar. O Miguel correu bravo com o pai dizendo "EU pego, eu que sou o ajudante!!" E volta orgulhoso.
Não quero explorar meu filho, longe disso! A intensão é fazê-lo perceber que ele é especial para nós e que já está grande e capaz de fazer coisas que bebês não conseguem. Ele precisa de atenção positiva, e essa foi a forma que encontramos para lembrá-lo todos os dias o quanto ele é um bom filho. A ajuda se torna pretexto para elogios e beijinhos.
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